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sexta-feira, 11 de junho de 2010

NOÇÕES BÁSICAS PARA O CULTIVO DE ORQUÍDEAS - Parte 1

As orquídeas pertencem a uma família de plantas subdivididas em mais de 500 gêneros, cada um deles possui centenas de espécies. O número total de espécies oscila em torno de 25.000, espalhadas pelos quatro cantos do mundo.

O gênero Isabelia, por exemplo, possui uma única espécie, já o gênero Bulbophylum tem mais de mil espécies. As orquídeas mais populares são os gêneros: Cattleya, Laelia (lê-se Lélia), Oncidium (uma das espécies é conhecida como chuva de ouro), Cymbidium, Miltonia, Dendrobium, Vanda, Phalaenopsis (lê-se Falenópsis), Paphiopedilum (vulgo sapatinho).

As orquídeas apresentam variações quanto ao local onde se desenvolvem na natureza. Podem ser:

1)Epífitas - quando a orquídea se desenvolve em troncos e galhos de árvores. Apesar disso, ela NÃO é uma parasita, pois não danifica nem retira nutrientes das árvores. O seu sustento vem do oxigênio que absorve através das folhas, da umidade do ar, do sol, da água da chuva e dos nutrientes que derivam das folhas e insetos mortos e decompostos que ficam depositados sobre os galhos e troncos.
2)Terrestres - são aquelas que vivem no solo. Geralmente são plantas de climas temperados, mais amenos; têm o sistema de raízes próprias para se desenvolverem na terra. Gostam de local menos ensolarado.
3)Rupícolas ou Litofíticas - se desenvolvem em solo rochoso, em locais geralmente muito ensolarados. As raízes ficam protegidas nas fendas das rochas ou sob o mato. Essas orquídeas enfrentam condições adversas de temperatura: calor forte durante o dia e noites frias
4)Saprófitas - espécie subterrânea que cresce e floresce no subsolo, a Rhizanthella garneri, coletada pela primeira vez em 1928 na Austrália. Não tem clorofila e se desenvolve com a ajuda de um fungo.

A vontade de se ter a beleza das orquídeas em casa levou à busca de cultivos alternativos. Para o desenvolvimento adequado da orquídea fora de seu habitat natural, precisamos estar atentos aos seguintes fatores: luz, temperatura, umidade e água, adubação, substrato e vasos.

Quanto ao crescimento, as orquídeas podem ser classificadas em:

1)Simpodiais - plantas que crescem na horizontal, ou seja, o novo broto se desenvolve na frente do bulbo adulto formando o rizoma e um novo pseudobulbo, num crescimento contínuo.
2)Monopodiais - planta com crescimento vertical. Suas folhas são lineares, rígidas e carnosas, muitas vezes sulcadas ou semi-cilíndricas, dispostas simetricamente no caule da planta. Ex. Vandas, Ascocendas.

Crescimentos novos, chamados de “frente”, começam na base do pseudobulbo guia, a partir das gemas. Muitas dessas orquídeas formam na base das folhas do pseudobulbo guia (de onde sairá a aste floral) uma estrutura especializada, tipo folha, chamada bainha. A função principal da bainha é proteger as gemas e as partes novas da planta. Uma característica das Cattleyas é a formação de uma estrutura chamada espata que serve para proteger o botão floral. Embora seja comum seu aparecimento, as vezes acontece de os botões nascerem sem espata.

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